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Por que devo fazer um plano de negócios?

Publicado por Ramon Vago em 07/07/2016

O plano de negócios é uma importante ferramenta para empreendedores. Nesse artigo explicamos um pouco sobre o tema, mostrando como fazer um completo. Logo, você vai poder construir o seu próprio plano em poucos passos.

Produtividade nunca é um acidente. É sempre o resultado de comprometimento com a excelência, planejamento inteligente e esforço focado.” – Paul J. Meyer

Quando vamos realizar um evento, uma viagem ou mudar de casa, precisamos de planejamento, não é verdade? Logo, é preciso pensar em cada etapa e detalhes.

É impressionante ver o número de pessoas que não se importam com planejamento quando o assunto é negócios.

Mas, e se de repente acontece alguma coisa errada ou inesperada? E o capital investido? E todo o material comprado para a empresa?

É neste ponto que entra o plano de negócios. Ele funciona como uma espécie de “lanterna” no mercado e vai permitir que você enxergue possíveis falhas ou inviabilidades antes de iniciar determinado empreendimento.

O que é um plano de negócios?

De acordo com Eder Bolson, no seu livro “Tchau patrão!” o plano de negócios é uma obra de planejamento dinâmico que descreve um empreendimento, projeta estratégias operacionais e de inserção de mercado e prevê os resultados financeiros.

O plano de negócios é um documento escrito que conterá as ideias, os objetivos, as metas, as variáveis, os pontos positivos e negativos, os riscos, o plano financeiro e outras informações relevantes.

Por isso, essas informações servem para nortear o empreendedor. Podem ajuda até mesmo na hora de conseguir bons investimentos e sócios que poderão ajudar-lhe nas decisões que definirão o futuro da sua empresa.

Benefícios do Plano de negócios

São inúmeros os benefícios de fazer o plano de negócios, além de ser o instrumento que conclui sobre a viabilidade de um negócio. Com ele você pode, por exemplo:

1 – Ter uma previsão do futuro de sua empresa: com as pesquisas de custo, crescimento, preço e tendência de mercado, necessidade do consumidor, etc; É possível ao empreendedor avaliar se o negócio terá sucesso;

2 – Avaliação de riscos: com a análise de diversos fatores é possível ao investidor verificar quais são os riscos do negócio e se consegue suportá-los, sem que a empresa declare falência ou evita-se, ainda, que em meio a construção do empreendimento se observe a impossibilidade de concluí-lo;

3 – Estabelecimento de metas: com as pesquisas realizadas é possível estabelecer metas e objetivos a serem conquistados;

Dentre outras vantagens que podem evitar inúmeros problemas e perda de capital investido. Afinal, você quer abrir uma empresa para ter sucesso e lucratividade e não prejuízos. Não é verdade?

Como fazer um plano de negócios

Um bom plano de negócios capaz de ajudar ao empreendedor ter uma noção da viabilidade do seu negócio deve ter algumas etapas indispensáveis. Todavia as que vamos listar não são taxativas, conforme o ramo e a necessidade do negócio você (ou o profissional que contratar para esse fim) pode acrescentar etapas ou mesmo tópicos dentro das etapas já listadas.

Para ficar mais didático e claro, vamos descrever o conteúdo de cada etapa por tópicos. Basicamente, o seu plano de negócios deverá conter as etapas que se seguem:

ETAPAS DO PLANO DE NEGÓCIOS

Etapa 1: Sumário Executivo

Nesta fase o empreendedor deverá esclarecer, de forma geral:

I. Natureza do plano de negócio: este é o momento para responder no que consiste do seu plano de negócio;

II. Características: são as diferenças, qualidades e especificidades do seu plano de negócio;

III. Mercado consumidor: você deve explicar o ramo que você pretende atuar, o tamanho e a tendência de mercado, as necessidades não atendidas dos consumidores, ou seja, descreva a parcela do mercado que você deseja atingir. Verificar se ainda existe mercado é uma das etapas mais importantes;

IV. Recursos: o que você precisa para atender ao mercado consumidor pretendido;

V. Resultados: exponha a sua projeção de resultados projetados.

Etapa 2: Negócio

Na segunda fase você deve descrever o negócio no qual você quer investir:

I. Empresa: coloque aqui todos os dados da sua empresa (razão social, nome fantasia, localização, sócios, etc.);

II. Negócio: descreva de forma mais detalhada o que será o seu negócio. Você pode acrescentar as informações e especificidades que faltaram no tópico I, da etapa 1. De forma ampla, defina o seu negócio;

III. Receita: defina as suas fontes de receita iniciais para a gestão do negócio e para investimentos futuros;

IV. Tendência de mercado: tendências e inclinações futuras do mercado que fazem o seu negócio ser promissor;

V. Visão: explique os objetivos que a sua empresa pretende alcançar;

VI. Missão: explique o “caminho” que o seu negócio deverá traçar para conseguir alcançar os seus objetivos (Visão);

VII. Oportunidades e ameaças: descreva os fatores externos que colaboram para o desenvolvimento e crescimento do seu negócio e as ameaças, ou melhor, os riscos externos que o seu negócio poderá correr;

VIII. Pontos fortes e fracos: enumere os pontos fortes e fracos do seu negócio, isto é, características internas que favorecem e o desfavorecem;

IX. Recursos: pontue os seus recursos humanos, físicos e tecnológicos necessários para colocar a sua empresa em operação (quantidade necessária de funcionários e de equipamentos).

Etapa 3: Produtos e/ou serviços

Nesta fase você deve esclarecer:

I. Produto e/ou serviço: diga quais são os seus produtos e/ou serviços;

II. Fornecedores: investigue quem podem ser seus fornecedores (de onde e de quem você vai comprar);

III. Diferencial de mercado: elabore e descreva o seu diferencial em relação aos outros produtos oferecidos no mercado.

Etapa 4: Análise de Mercado

Ao analisar a parcela do mercado consumidor que você quer conquistar defina:

I. Público-alvo: descreva o seu público-alvo (classe social, idade, sexo, etc.) e a demanda pelo seu produto e/ou serviço;

II. Participação: de que forma você pretende alcançar uma parcela do mercado consumidor;

III. Concorrência: identifique o nível de competitividade (capacidade de produção, de conquistar clientes, em fazer promoções, etc.) do seu concorrente;

IV. Metas: mostre as suas metas e datas para o cumprimento.

Para demonstrar aos seus possíveis investidores e para que fique mais organizados você pode construir planilhas e/ou mesmo uma pequena apresentação em tabelas no formato de Power Point.

Etapa 5: Plano de Marketing

Nesta etapa você vai estabelecer:

I. Preço: Aqui você define suas estratégias de preço, pois não basta possuir um bom produto se o preço não vende, mas um preço muito baixo também pode não dar lucro nenhum. Analise o valor que os seus clientes estão dispostos a pagar, o valor que pagam agora e as formas de pagamento preferidas por eles.

II. Ações de marketing: nesta você deve demonstrar que sabe como conquistar a sua futura clientela descrevendo:

III. Imagem do produto: estabeleça como deverá ser construída a imagem do produto para o cliente;

IV. Cliente: uma vez definido seu público algo, garanta que a descrição das facilidades de compra, diferencial do seu produto e valorização e respeito ao consumidor serão transmitidos com eficiência na mensagem publicitária.

Etapa 6: Plano financeiro (Planejamento financeiro ou Finanças)

No plano financeiro você deverá fazer uma previsão de investimentos por um período, que pode ser de 6 meses a 1 ano. É claro que de 12 meses é mais seguro e você pode passar mais confiança para o seu investidor. Verifique valores relativos aos:

I. Investimento inicial: para despesas pré-operacionais da empresa, como pesquisas, abertura da empresa, honorários de advogado e/ou contador, etc.;

II. Investimentos: compra de maquinário, materiais de escritório, ferramentas e outras coisas que serão o patrimônio da empresa;

III. Custos fixos: custos que não dependem do volume das vendas, mas que são importantes para a saúde do negócio (salários, aluguel, honorários, telefone, água, luz, etc);

IV. Custos variáveis: calculados de acordo com o volume das suas vendas (insumos, matéria-prima, frete, comissão, etc);

V. Impostos: pesquise a respeito do melhor enquadramento tributário possível e considere o peso dos tributos que incidirão sobre as suas atividades.

VI. Previsão dos resultados: com base nos dados obtidos em geral, e especificamente das metas a serem alcançadas e os custos (fixos e variáveis), dentre outras receitas e custos, elabore a previsão dos lucros que sua empresa poderá obter nos primeiros 12 meses de funcionamento;

Seguindo essas etapas, com certeza, as chances de você ter alguma surpresa desagradável em pleno o funcionamento da sua empresa é bastante reduzida. Além de, você ter mais chances de receber investimentos através de uma boa delineação de suas ideias, metas e objetivos.

A IMPORTÂNCIA DO CONTADOR

Agora que você já terminou o plano de negócios é correr para a parte burocrática e abrir a sua empresa, certo? Calma! Agora que você viu que o seu negócio é viável e lucrativo, procure a ajuda de profissional que poderá ajudá-lo deste momento em diante.

O contador pode  auxiliá-lo com os trâmites de abertura da sua empresa, e pode cuidar para a saudável construção e consolidação do seu negócio, evitando prejuízos ou surpresas futuras. Para isso, procure um contador devidamente qualificado  e regularmente inscrito no Conselho Regional de Contabilidade da sua região.

Conclusão

Viu como é importante fazer um plano de negócios antes de abrir a sua empresa?

Já pensou se você abre a sua empresa e você descobre que o mercado consumidor está saturado? E com a baixa demanda você tem que fechar as portas?

A função do plano de negócio é evitar estes dissabores na realidade. Caso você queira pedir para que algum profissional desenvolva o seu plano de negócio peça orientação ao seu contador, entretanto, saiba tudo o que é necessário para a construção de um bom plano, observe se as etapas necessárias foram cumpridas para que você possa tomar uma decisão no final.

Com o plano de negócio em mãos, você estará pronto para decidir se segue adiante e constrói a sua empresa ou se, devido a algum fator, é inviável. E tudo isso, sem chegar a essa conclusão na prática depois de despendido tempo, energia e recursos.

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